quinta-feira, 25 de março de 2010

Tempo ...

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a  vida não para" (Lenine - paciência)
tempo - razão inexorável que se passa em um espaço. Coisa que passa e nem se vê, as vezes lentamente, as vezes tão ligeiro que a velocidade nos contrange. Na verdade é constante.
Incostantes somos nós que depedemos dele, que o contamos incansavelmente, que o marcamos com medo de que o over chegue antes da concretização de sonhos.
O tempo não para e nos empurra numa frequência insaciável.

Medos, anseios, vitórias, derrotas ... coisas banais, comparadas a imensidão que nos cerca.
Cada um com a sua historia, com a sua estrada, mas com um bem comum, se passou num espaço de tempo determinado por mãos fortes e firmes de um provável criador e escritor. As vezes tão ditadorial, não? não nos dá opção nem se quer de morrermos no momento em que queiramos, provávelmente já nascemos com o destino traçado, com uma historia a se realizar. Seriamos então bonecos manipulados? É o que me leva a pensar que destino existe, e se ele existe é em vão o esforço para "garantirmos" o nosso futuro. Não quero ser hipócrita, portanto deixo bem claro que sou crente em Deus.

Muitas vezes a razão fala mais alto que a religião, que é algo tão improvável, baseada na fé que exercemos sobre uma força maior. Mas não quero convencer ninguem que religião é algo alienado, muito pelo contrário, quero apenas refletir algo que eu tenho reparado que não se passa só dentro de mim. O tempo é uma constante criada por alguém (Deus provávelmente) que limita a capacidade do ser humano. Limita? sim, limita! nenhum cientista foi nem será eterno, se fossem (provavelmente) nos proporcionariam acesso a muitas outras invenções brilhantes, que abandonaram pela metade ou simplesmente não tiveram tempo suficiente para colocá-las em teoria para as futuras gerações. Isso me frustra, o tempo passa e nos empurra e nos ficamos de mãos atadas. O que fazer diante de tamanha imposição? Afinal de contas, envelhece-se porque envelhece-se, é o sentido da vida, nasce, cresce, se desenvolve, procria-se (talvez) e morre. Não existe remédiação nem sequer medida paliativa. Como disse o nosso brilhante Lenine "a vida é tão rara" (trecho de "paciência"). Deixo para nós hoje, essa reflexão. Temos controle sobre o nosso futuro? ou somos empurrados pelo tempo que nos é imposto por uma força maior?


                                                                                                                       Renata S.

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