Hoje é a minha ultima sexta-feira de férias, mais uma sexta como outra qualquer.
Mais uma vez acordei com o meu "querido" vizinho ouvindo o mais novo sucesso, "pentada violenta".
É um nome sugestivo, eu sei. E mais uma vez eu fico pensando: O que será que levam as pessoas a gostarem desse tipo de coisa e fazer disso estilo de vida?
A nossa geração está extremamente corrompida, não que eu tenha qualquer tipo de preconceito com os estilos mais populares (pagode, funk e etc), mas as pessoas tem feito disso vida e até mesmo tem visto nisso maneiras de ganhar dinheiro.
Antigamente, diga-se de passagem, os pagodes, funks e "forrós" (porque forró de verdade são poucos e tem um público mais "seleto") eram feitos com o intuito de divertir, e tinham sentido único e na sua maioria inocente. Houve um tempo, também, em que o duplo sentido pairava sobre os ouvidos populares. Já nos dias de hoje, a coisa evoluiu de tal maneira, que os sentidos das músicas são únicos, baixos e com um forte vínculo sexual.
Vê-se crianças de 2 anos de idade, que mal sabem falar, cantando coisas indescentes, que não vou nem citar pra não descer o nível do texto. E é essa a rotina a qual os nossos ouvidos estão sendo expostas.
O mais engraçado, é que quem mantém todo esse "ibope" pros cantores e compositores que as fazem, somos nós.
Qual adolescente que, nos dias de hoje, ouve Chico Buarque (pelo menos por motivos historicos) e consegue perceber a sensibilidade historica pra qual as letras dele apelam? Agora comparemos com um pagodão, que a galera em peso escuta, dança e ainda faz disso estilo de vida (os chamados "pagodeiros"). Existem até clãs, bondes e etc, que servem somento pra reunir pessoas com gostos musicais parecidos e juntos darem festas.
Não estou falando que eu não danço (pra curtir com a galera e tal), estou dizendo que as pessoas acostumam seus ouvidos nisso, e não conseguem ter sensibilidade pra escutar mais nada. E vai você, que assim como eu, escuta MPB, Jazz e etc, dizer que ouve e gosta disso, a galera cai em peso em cima de você, com aquelas famosas frases "ai que coisa de velho", "eu não gosto disso não, essas musicas velhas", como se música tivesse idade pra escutar ou data de validade. Ahh gente, me poupe!, na hora de ouvir aquele sucessão do século (da semana) e de dançar essas baixarias ninguém olha pra idade que tem, gente que nem saiu da fralda ainda fazendo passinhos de sexo explícito, isso ai ninguém acha ruim.
O que me resta é poupar meus ouvidos de tanta besteira e tentar ensinar (pelo menos pras pessoas próximas de mim) que nem tudo na vida é pagode e funk, e que a vida não se resume a reunir a turma e "tome ai pagodão".
ps: Já são quase 15:00hs e o meu vizinho continua na "pentada". Gente eu quase morro de rir com a perfomance dançante dele.
"gente que nem saiu da fralda ainda fazendo passinhos de sexo explícito, isso ai ninguém acha ruim" - imagina qnd crescer? oO
ResponderExcluirpois é, apesar de letras e danças estarem banalizadas, ainda é uma forma de diversão para algumas tribos.. Mas, ouvir e curtir outro tipo de musica acrescenta um pouco tambem. A nossa cultura brasileira possui musicas com letras riquissimas.. vamos ouvir um pouco de MPB? vamos refletir um pouco, viajar um pouco mais numa letra de canção?
beeijos, brilhante ponto de vista, Rê.