" Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal, o que não pode ser dito. Afinal, ser um homem em busca de mais. " (Lenine - O silêncio das estrelas)
Essa constante busca por algo, esse vazio impreenchível, essa procura incansável. E o que se procura afinal? Um amor, uma carreira pra seguir, prazer, consolo, preencher e até mesmo encher a alma de algo que satisfaça, que deixe feliz plenamente. E quem é feliz? O que é felicidade? essa coisa que parece tão distante, tão inacessivel, tão tão...
Essa mania de viver procurando algo e nem perceber. Passar a vida inteira a procurar algo e só não continuar porque um dia a morte vem e ceifa a causa.
Será que procura amor? Será que vai encontrar? Será que já não deixou passar?. Insegurança, incertezas, apostas, erros, cobiças...
Falta de encontrar-se, saber quem realmente é e o que, de fato, quer.
Ai vem aquela idéia: Coisa de adolescente, que vive em uma constante revolta, em busca de mudança, de espaço e talvez de atenção. Certo? ERRADO!. Quem não vive à procura? Ou você trabalha por trabalhar, vive por viver, dorme por dormir e etc ? Acho que não.
Trabalha pra condicionar a vida, vive pra alcançar algum objetivo, dorme pra descansar e continuar a vida, e por ai vai. A vida é assim, uma eterna reflexão, uma falta constante, uma procura incessante.
Na infância não vê a hora da adolescência, na adolescência estuda feito um condenado pra quando adulto ter uma vida estável (pelo menos a maioria, pensando sempre na demora que é pra chegar aos 18 anos), quando adultos já não sente tanto essa vontade de envelhecer, porém, sempre em busca de trabalhar pra conseguir o objetivo, e sempre que esse objetivo é alcançado, quase que instantaneamente, troca-se o alvo e lança-se outro objetivo (se o primeiro for alcançado).
Quanta complexidade, quanta vontade de ser, de ter, estar...
"E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim, ver que toda essa procura não tem fim. E o que é que eu procuro afinal?" (Lenine - O silêncio das estrelas)
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